É recorrente e recomendável inspirar profundamente, em um ambiente calmo e límpido, como a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Inspirar em contato com a natureza também renova a mente para se reconectar, um “processo que faça que algo nasça no coração, no espírito, no pensamento” (Dicio - Dicionário Português Online).
Finalizando um ano que trouxe emoções intensas, muitos veem como uma oportunidade de reflexão. Com esses 4 lugares inspiradores da Reserva Mamirauá, vamos demonstrar o quanto essa pausa é essencial!
1. Lago Mamirauá
O Lago Mamirauá está localizado no coração da reserva, sendo um complexo ecossistema de lagos, lagoas, ilhas, restingas, chavascais, paranás e muitas outras formações, que permanece de 7 a 15 metros debaixo d'água por seis meses no ano. Conhecida como um berçário, é de grande importância para a manutenção das espécies amazonenses.
Lago para viver momentos lindos! Um bom horário é ver os pôr do sol com suas cores vibrantes refletidas na água com a possibilidade de ver diversas espécies de animais que perpassam por lá.
2. Margens dos rios Solimões e Japurá
Conectados pelo paraná do Aranapu, a região da confluência entre os rios Solimões e Japurá é marcado pelo encontro das águas do rio Japurá que são límpidas, contrastando com as do Solimões que são barrentas.
O Rio Solimões é de vital importância na vida e economia da população do norte do Brasil (transporte, comércio e lazer) e, também, patrimônio nacional, enquanto o Japura é seu afluente.
3. Avistamento de botos (Inia geoffrensis)
Muitos que visitam a Uakari Lodge se surpreendem com a quantidade de botos que podem ser avistados na Reserva Mamirauá. As suas lufadas de ar durante a respiração anunciam sua passagem.
Infelizmente, está na Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e Recursos Naturais) como “em perigo de extinção”, sendo sua causa de morte mais recorrente ser preso pelas redes de pesca.
A cor rosa se deve aos numerosos e finíssimos capilares sanguíneos sob a pele e é mais proeminente nos machos, provavelmente uma forma de mostrar boa saúde às fêmeas. Provavelmente assim se originou a fama de galanteador desse animal no folclore. Nas crenças dos povos tradicionais o boto se transforma em um homem bonito e bem-vestido (está sempre de chapéu para que ninguém veja o buraco respiratório no topo da cabeça) e seduz as moças ribeirinhas.
4. Comunidades ribeirinhas
A floresta amazônica carrega no imaginário de muitas pessoas, apenas a beleza natural extraordinária. Há, também, a beleza das pessoas que vivem ali, que detêm um conhecimento sobre as dinâmicas da natureza, o senso de colaboratividade e muita criatividade!
Uma troca muito especial acontece no encontro com os ribeirinhos: as histórias que cada um tem para contar possuem uma sabedoria ancestral, compartilhadas aos visitantes com carinho.
A cultura dos ribeirinhos permeia as atividades do dia-a-dia, que se desvendam na comida, artesanato, nos remédios caseiros à base de plantas de seu pequeno roçado. Poder observar e participar das dinâmicas de vida dessas pessoas possibilita trocas de experiências e reconexão consigo, o auto conhecimento.
Uma pequena lista diante dos diversos outros lugares da região que permitem trocas, conexões e afetividade!
Fotos de: Gui Gomes.
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