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o que está entre a floresta na Uakari Lodge?

Atualizado: 1 de abr.

Entre uma diversidade de vidas e vivências da floresta de várzea amazônica na Reserva Mamirauá, selecionamos alguns dos clássicos e diferentes seres que habitam a região e que você pode conhecer através das experiências da Uakari Lodge!


mão tocando no artesanato dos ribeirinhos de Mamirauá

Criado em abril de 1999, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá é um dos centros de excelência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o único com atuação no interior do estado do Amazonas. Desde 1998, o Instituto Mamirauá assessora comunidades locais para a prestação de serviços turísticos na Uakari Lodge que passou a ganhar uma visibilidade no cenário turístico nacional e internacional, deixando a sua contribuição ao segmento e contribuindo para promover ações de sustentabilidade na região.


Na Reserva Mamirauá, a maior reserva florestal do Brasil dedicada exclusivamente à proteção da várzea amazônica, possui mais de 300 espécies de peixes catalogadas, incluindo os ornamentais, e também cerca de 400 espécies de aves e, pelo menos, 45 espécies de mamíferos, que permanece de 7 a 15 metros debaixo d'água por seis meses no ano - muito chamada por “cheia”.


Na imensidão dessa floresta é possível avistar uma diversidade de vidas e vivências! Nesse artigo selecionamos entre os clássicos e diferentes seres que habitam por entre a floresta.


Confira a seguir!


onça descansado na copa das árvores do Mamirauá

Onça (Panthera onca)


Sua popularidade é super compreensível! O maior felino das Américas, espécie emblemática das matas brasileiras, está no topo da cadeia alimentar. É um animal robusto, com grande força muscular, sendo a potência de sua mordida considerada a maior dentre os felinos de todo o mundo.


Este felino precisa de grandes áreas preservadas para sobreviver, sendo sua ocorrência em uma região um indicador de que ele ainda oferece boas condições que permitam a sua sobrevivência. Um indicador de qualidade ambiental é poder encontrá-lo por entre as florestas como a Amazônica e a Mata Atlântica, até em ambientes abertos como o Pantanal e o Cerrado.


As crescentes alterações ambientais provocadas pelo homem, como a destruição de habitats para o agronegócio ou até o lobby do mercado imobiliário, que empurra este e outros animais para próximo das cidades, traz como consequência à caça predatória devido, principalmente, ao alegado prejuízo econômico causado às criações de animais domesticados fazem com que as populações venham sendo severamente reduzidas.


Reduzir essas ameaças é fundamental para garantir a sobrevivência da onça-pintada e a integridade dos ecossistemas.


mutum-piuri na copa das árvores em Mamirauá uma experiência Uakari Lodge

Mutum-Piurí (Crax globulosa)


O Mutum-piuri é uma ave já conhecida pelos moradores de alguns rios da Amazônia, por esta espécie ser fortemente ligada à floresta de várzea (sazonalmente inundada) na bacia amazônica.


Chegam a medir entre 82 a 89 cm de comprimento e apenas o macho possui uma grande carúncula vermelha na base da maxila, dois lobos na base da mandíbula e o macho é preto com ventre branco. Já a fêmea tem uma cera vermelha e o ventre castanho.


Seu canto é irreconhecível: um “pioooo”, que dura de quatro a seis segundos.


Atualmente é rara em toda a sua área de distribuição e é muito sensível à caça e ao desmatamento.


indígena mostrando ervas medicinais para turistas da Uakari Lodge

Terra Indígena Jaquiri, área habitada pelos Kambeba


Os Kambeba – também conhecidos como Omágua (que significa o povo das águas), principalmente no Peru – em razão da violência e discriminação de frentes não-indígenas na região desde meados do século XVIII, configuram um dos casos de grupos que, na Amazônia brasileira, deixaram de se identificar como indígena.


É uma constante nas crônicas dos séculos XVI e XVII a imagem dos Kambeba como um povo que tinha uma organização social e uma cultura “mais desenvolvida” que a maioria dos grupos indígenas da região.


Hoje os Kambeba, em território brasileiro, estão localizados em cinco aldeias: quatro na região do médio Solimões e uma no baixo rio Negro.


A Terra Indígena (TI) Jaquiri teve sua área visitada pela primeira vez pela Funai em 1974. A TI está localizada no município de Maraã, próximo às cidades de Alvarães e Tefé. Apesar de resistirem, passaram por um processo de esquecimento durante os últimos séculos devido à colonização da região.


Somando esforços nesse sentido, o Programa de Turismo de Base Comunitária (PTBC) do Instituto Mamirauá realizou uma reunião com moradores da comunidade Jaquiri, para dar andamento à elaboração de um plano de visitação, a partir do qual a comunidade poderá passar a receber turistas interessados em conhecer o modo de vida e as tradições da etnia kambeba.


No artigo “Elos com a terra” contamos um pouco sobre a cosmovisão deste grupo indígena com a natureza e a saúde. Para os Kambeba, saúde não é o adoecer, e sim uma prática cotidiana de relacionamento com todos os seres que permeiam a terra.


mão tocando artesanato dos ribeirinhos de Mamirauá

Foto: Gui Gomes.


Artesanato dos Ribeirinhos


Entre as atividades desenvolvidas pela Uakari Lodge, a experiência de conhecer as comunidades ribeirinhas - em especial, a quatro das oito mais envolvidas com a pousada: Vila de São José, Caburini, Boca do Mamirauá e Vila Alencar - é interessante para compreender as multiplicidades de vivências.


A comunidade ribeirinha Caburini está localizada às margens do rio Solimões, a comunidade ribeirinha existe há mais de setenta anos no local, constituída por indígenas da região e também por nordestinos que migraram no período da borracha.


As pessoas da comunidade desenvolvem artesanato com semente, fibra, argila e madeira, a visita dos turistas à comunidade promove a valorização da história e da cultura local e os lucros obtidos através da venda dos produtos são revertidos para os projetos comunitários como construções e melhoria na escola e casas locais.



paisagem natural e Uakari Lodge

Uakari Lodge


Também conhecida por pousada flutuante, a Uakari Lodge é administrada pelas próprias comunidades ribeirinhas da região e com a ajuda do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, retornando financeiramente os ribeirinhos e às comunidades, sendo como um laboratório para atividades de turismo de base comunitária e ecoturismo, bem com uma fonte de renda para as comunidades.


Os que estão entre as florestas no Mamirauá que citamos anteriormente - e outros - você pode conhecer através das experiências da Uakari!


Com mais detalhes, por aqui você confere todas as possibilidades de experienciar a Amazônia com a Uakari Lodge!


Estamos te esperando :)


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