Boto rosa e tucuxi: conheça as diferenças entre os golfinhos da Amazônia
- Lábia Comunicação
- há 3 dias
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Descubra as diferenças entre o boto rosa e o tucuxi, os incríveis golfinhos da Amazônia, e saiba onde vê-los de perto na Reserva Mamirauá.

Quais são as diferenças entre o boto rosa e o tucuxi?
O boto rosa (Inia geoffrensis) é maior, mais robusto, de coloração rosada e costuma viver sozinho ou em pequenos grupos. Já o tucuxi (Sotalia fluviatilis) é menor, acinzentado e vive em grupos grandes, com comportamento mais ativo e saltador. Ambos são golfinhos de água doce da Amazônia, mas têm anatomia, comportamento e distribuição distintos.
Avistá-los na natureza é uma experiência inesquecível e pode acontecer na Reserva Mamirauá, onde o Uakari Lodge oferece passeios para observar esses animais em seu habitat natural. Leia até o final e descubra todos os detalhes sobre os golfinhos amazônicos!
Boto-cor-de-rosa: o gigante rosado dos rios

O boto rosa (Inia geoffrensis) é o maior golfinho de água doce do mundo. Um macho adulto pode chegar a 2,55 metros e pesar até 185 quilos. Seu nome vem da tonalidade rosada da pele, que se intensifica com a idade e com a atividade física, especialmente nos machos durante a época reprodutiva.
Entre suas características marcantes, destacam-se:
Pescoço extremamente flexível, graças a vértebras cervicais não fundidas — o que permite movimentos amplos da cabeça.
Corpo robusto e flexível, com rosto (focinho) longo e estreito.
Barbatana dorsal baixa e nadadeiras peitorais largas, ideais para nadar entre raízes e galhos dos igapós.
Apesar de seus olhos pequenos, o boto possui boa visão, inclusive em ambientes de pouca luz. Alimentam-se principalmente de peixes e crustáceos, com uma dieta variada dentro do ecossistema aquático.
Trata-se de uma espécie solitária ou de pequenos grupos, que se move de maneira discreta e raramente salta. Infelizmente, o boto rosa está classificado como espécie ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN, devido à pesca acidental, degradação do habitat, contaminação por mercúrio e impactos de hidrelétricas.
Tucuxi: o saltador sociável da floresta

Menor e mais ágil, o tucuxi (Sotalia fluviatilis) mede até 1,5 metro e pesa cerca de 47 quilos. Sua coloração é cinza uniforme, lembrando os golfinhos marinhos. Seu comportamento também segue essa linha: é mais saltador e vive em grupos numerosos, com interações sociais frequentes.
Outras características marcantes:
Barbatana dorsal em forma de foice, o que o torna facilmente identificável.
Corpo alongado e rosto curto.
Comportamento mais ativo, com saltos frequentes fora d’água.
Enquanto o boto rosa se mantém mais restrito aos rios da bacia amazônica, o tucuxi é encontrado tanto em rios quanto em áreas costeiras, demonstrando uma plasticidade ecológica impressionante.
Apesar de menos ameaçado que o boto rosa, o tucuxi também enfrenta pressões antrópicas, como redes de pesca e degradação dos rios.
Uma dupla essencial para o ecossistema amazônico
Boto rosa e tucuxi cumprem papéis fundamentais no equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. São predadores de topo que ajudam a controlar populações de peixes, além de serem excelentes indicadores da saúde ambiental dos rios. Ambos estão presentes em lendas e na cultura ribeirinha, sendo considerados seres quase mágicos e, para muitos, guardiões das águas.
Onde ver os botos da Amazônia em seu habitat natural?
Poucos lugares oferecem a chance de observar botos e tucuxis em liberdade de forma tão especial quanto a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no estado do Amazonas. E é justamente ali que está localizado o Uakari Lodge, um modelo premiado de turismo de base comunitária e conservação.
Durante sua estadia no lodge, é possível:
Fazer passeios de canoa nos igapós, com grandes chances de avistamento de botos.
Participar de saídas ao amanhecer no Rio Japurá, quando os botos costumam se alimentar e brincar na superfície.
Acompanhar guias locais que conhecem os melhores pontos de observação e respeitam o comportamento dos animais.
Vivenciar a floresta de forma sensível e transformadora, com conforto sustentável e alimentação regional.
Além disso, o Uakari Lodge é gerido por comunidades ribeirinhas e integra ações de ciência cidadã e educação ambiental. Ou seja, ao se hospedar ali, você apoia diretamente a conservação da Amazônia.
Melhor época para observar botos e tucuxis
A boa notícia é que boto rosa e tucuxi podem ser avistados o ano inteiro, mas a forma de explorar o ambiente muda de acordo com o ciclo das águas:
Durante a cheia (dezembro a julho), os rios invadem a floresta, formando os igapós — cenários perfeitos para passeios de canoa silenciosos e encontros inesperados com os botos, que deslizam entre as árvores alagadas.
Na seca (agosto a novembro), os rios baixam, revelando trilhas e praias fluviais. É uma ótima época para observar tucuxis em áreas mais abertas.
Viva a experiência completa no Uakari Lodge
Avistar um boto rosa surgindo entre as árvores ou acompanhar um grupo de tucuxis saltando ao redor da canoa no Rio Japurá é algo que marca profundamente qualquer visitante. E viver isso na companhia de guias locais, com respeito à floresta e às comunidades, torna o momento ainda mais especial.
Se você quer testemunhar de perto a beleza e a inteligência dos botos da Amazônia, planeje sua viagem ao Uakari Lodge. Com roteiros de 3, 4 ou 7 noites, em qualquer época do ano, você encontrará experiências autênticas, educação ambiental e uma conexão verdadeira com a maior floresta tropical do mundo.
Siga o @uakarilodge no Instagram para ver imagens incríveis dos botos e da vida na floresta.
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